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PERGUNTAS & RESPOSTAS
RETINOPATIA DIABÉTICA - Novo Paradigma de Cuidados
microvasculares), bem como do controle da tensão arterial, na dimi-
nuição da taxa de progressão da RD
3,4
.
Diferenças na apresentação clínica da RD na diabetes
tipo 1 e tipo 2
Os pacientes com DM tipo 1 sofrem complicações oculares mais
frequentes e mais severas.
Os jovens, com DM tipo1 têm maior propensão para desenvol-
ver complicações visuais severas resultantes de retinopatia diabética
proliferativa (RDP) – a forma mais grave – durante a vida. Nos doen-
tes com DM tipo 2 a principal causa de perda visual está associada
ao edema macular (EM)
5
.
Retinopatia diabética proliferativa
Na DM tipo 1 a RDP não é comum aparecer em diabetes com
menos de 10 anos de duração, encontrando-se em 26% e em 56%
após 15 e 20 anos de doença, respetivamente, sendo a retinopatia
frequentemente assintomática para além da fase ótima para trata-
mento.
Nos diabéticos tipo 2 a taxa de RDP parece aumentar apenas
ligeiramente com a duração. A prevalência é de 3-4% nos diabéticos
com menos de 4 anos de doença, atingindo valores de 5 a 10% após
20
anos.
Contudo, como a população de diabéticos tipo 2 é, em número,
superior à população de diabéticos tipo 1, o número de doentes com
RDP encontrado na prática clínica é igualmente dividido entre as
duas formas de diabetes.
Particularmente nos diabéticos tipo 1, o fator que mais se relacio-
na com o risco de desenvolvimento de RDP é a duração da diabetes.
Existe uma forte correlação positiva entre a forma de diabetes de iní-
cio em idade jovem, insulinodependente, e a severidade da resposta
proliferativa.
Os diabéticos tipo 1 apresentam maior exuberância no núme-
ro de neovasos, proliferações fibrosas e adesões vítreorretinianas
quando desenvolvem hemorragia de vítreo. Uma rara, rapidamente
progressiva, forma de retinopatia proliferativa, denominada retino-
patia diabética florida, é vista exclusivamente na diabetes tipo 1,